Entro na cozinha,
Na casa-de-banho.
Os cheiros acastanhados
Remetem-me para a minha
Pobreza de espírito.
A minha casa não
Me entra no corpo.
Parece deslocalizada
Para um universo paralelo
Correspondente à sétima face
Do dado universal.
No inverno, quando me aborreço
Deixo água quente escorrer pelo
Que considero
O estado físico da alma.
Com o propósito de abafar
O frio indelével:
Uma centelha nunca em vias de extinção.
Sem comentários:
Enviar um comentário