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18 de janeiro de 2013

Crónicas difusas e ambulantes I

Naquele banco da paragem queria ficar. Aquele vento invernal mas doce entrava pelos meus sentidos, trazendo tempos outros, quiçá, felizes. Mais tarde, levei-me de volta no autocarro até à cidade que me deixa desafogado na sua indiferença. Podia, ou melhor, queria sair daquelas imediações o mais depressa que o tempo - entidade falsa- apressasse. Gostava de andar nestes veículos, aliás, em qualquer veículo que me iludisse com promessas de terras novas. Mas, mais importante, porque neles reflectia sobre o futuro - que é a minha acção de eleição -, o que dava aos mesmos um barulho melancólico.

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