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11 de fevereiro de 2013

Crónicas difusas e ambulantes II

Aqui me encontro. Houve um "apagão" na minha aldeia mas o meu espírito lampeja pensamentos brilhantes. Tenho os pés gélidos, cálidos na fervura das minhas conexões cerebrais que correm à volta da minha caneta. Sem nexo, aparecem gradações de emoções que pregam um susto aos pedintes na escuridão da minha rua.
Penso na mudança. Na minha e na dos outros à minha volta. Na perda e no ganho de laços humanos, aqueles que enfeitam qualquer ser humano.
Penso no futuro que bate, que dá previsões assoladoras de tempos a tempos - que põe qualquer um a chorar quando a esperança não chega.
Penso na idade dos mais velhos e que daqui a certo tempo vou ter a idade deles. Ou que morro entretanto.
Penso que esta cantiga já foi cantada por metade dos poetas vivos e mortos mas eu não consigo virar a cara para a mentira de que o mundo é feito de harmonia.

2 comentários:

  1. O passar do tempo obseda-me mais com os annos, penso muito em isso, escrevo também sobre ele. Suponho que é por envelhecer.

    Eu gostei como você abordou a questão no seu texto. Eu vejo nele muito sobre o passar do tempo, sobre olhar ao futuro e as incertezas.

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  2. sim, cada vez mais sinto o peso tempo. não me incomoda, mas estranha-se. o tempo é uma entidade estranha por quem tenho uma obsessão saudável.
    agradeço que tenhas gostado, volta sempre. :)

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