Da embriaguez
Reconheço-me cansado.
Cansado de andar prá' aqui,
Jogado, entre múltiplas esferas
Opostas, sentindo senão o vento
Em contramão.
É então, no meu limite,
Que me durmo,
Horas depois, acordo ziguezagueando, a tentar
Cumprimentar a vida,
Que se fez para ser bebida.
A vida é tudo,
Se ao lado se arrastar o gin:
Companheiro das mortas, vagas,
Insuportáveis horas,
Que nos ensina que não devemos
Beber mais da vida do que do copo.
Foi o crer para ver.
Tanto que: num dia o fiz,
No outro, em vez da cabeça
Confrangia-se a alma, de raiz.
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