Olho com um pérfido deleite
Paras as tuas manchas dos dentes.
Muitos dirão: espelho das almas decadentes!
Pois, vinde até mim alma de puro enfeite.
Escovo as minhas pérolas de puro marfim,
Para falsear minha intrínseca aparência apodrecida.
Venero-te como se isso encerrasse um absoluto fim
Em minha descontente vida amarelecida.
Jaz aqui o que já nada pode ser limpo.
Descanse em paz.
Há uma clara influência de Pessoa na tua poesia. Isso nota-se claramente na forma em como abordas a miséria humana.
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Só tenho que agradecer a tua observação. Qualquer referência a Pessoa é bem-vinda. E obrigado também por dedicares tempo a leres o que escrevo. ;)
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