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13 de agosto de 2012

Decadentes ilusões


Olho com um pérfido deleite
Paras as tuas manchas dos dentes.
Muitos dirão: espelho das almas decadentes!
Pois, vinde até mim alma de puro enfeite.

Escovo as minhas pérolas de puro marfim,
Para falsear minha intrínseca aparência apodrecida.
Venero-te como se isso encerrasse um absoluto fim
Em minha descontente vida amarelecida.

Jaz aqui o que já nada pode ser limpo.
Descanse em paz.

2 comentários:

  1. Há uma clara influência de Pessoa na tua poesia. Isso nota-se claramente na forma em como abordas a miséria humana.

    :3

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  2. Só tenho que agradecer a tua observação. Qualquer referência a Pessoa é bem-vinda. E obrigado também por dedicares tempo a leres o que escrevo. ;)

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