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11 de agosto de 2012

Hipnose paralisante


A umbra os céus conquistava.
Ressurgia uma tentativa de adormecer.
Na qual a sua mente lavava
Qualquer esperança de morrer.

A sombra de seu quarto
Um certo ambiente criava.
E ela de espírito ou corpo farto
Para cima os posicionava.
Em mau agoiro entrava!

Fechados os olhos, seu corpo
Numa prisão se tornou
E sem conseguir o metacarpo
Mover, a aflição se vingou.

Sem dormir, sonhava, estranhamente
Com tais gemidos que já lhe tinham passado pela mente.
No ecrã surgiam cenas funestas.
Passaram os gemidos para a dor destas.

Tudo sem gritar!

O peso do mundo contrabalançava.
Em seu frágil corpo, ela apercebia.
Quando o mundo nos sonhos dançava,
O ensejo de engolir, era o que se pedia.
Fraco pedido, nada conseguia.

O monstruoso mundo desprendeu-se.
A hipnose, no final, se contorcia
O corpo, finalmente ao sono rendeu-se
E aquele sofrimento ali morria.

Nunca durmas virada para cima!

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