De dia vejo uma lua que se destaca. Vejo-a a querer fugir. Eu
digo-lhe para fugir dali. O conselho torna-se num desejo privado que guardo
para mim. Caminho para uma situação que podia evitar mas o apego a algo que
pouco me diz é mais forte. Sinto-me preso e só eu me posso libertar.
Mas, só espero que isso aconteça antes que sufoque nesta banheira de parcas palavras que se juntam na tentativa de expressar este tornado.
Mas, só espero que isso aconteça antes que sufoque nesta banheira de parcas palavras que se juntam na tentativa de expressar este tornado.
Nos dias seguintes de puro e fresco verão vejo-a no mesmo
sentido. Trato-a por companheira e sinto-me talvez compreendido, pelo menos
neste chão que piso, sobre a minha consciência, ladeado pelos muros da razão. Apesar
de estar longe nunca uma existência podia estar mais próxima de mim.
Em tudo, sou um contrariado que pouco sentido faz, muito
menos na minha plenitude.
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