Páginas

26 de agosto de 2012

Prosa diurna – sentimentos de um evadido


De dia vejo uma lua que se destaca. Vejo-a a querer fugir. Eu digo-lhe para fugir dali. O conselho torna-se num desejo privado que guardo para mim. Caminho para uma situação que podia evitar mas o apego a algo que pouco me diz é mais forte. Sinto-me preso e só eu me posso libertar.
Mas, só espero que isso aconteça antes que sufoque nesta banheira de parcas palavras que se juntam na tentativa de expressar este tornado.
Nos dias seguintes de puro e fresco verão vejo-a no mesmo sentido. Trato-a por companheira e sinto-me talvez compreendido, pelo menos neste chão que piso, sobre a minha consciência, ladeado pelos muros da razão. Apesar de estar longe nunca uma existência podia estar mais próxima de mim.
Em tudo, sou um contrariado que pouco sentido faz, muito menos na minha plenitude.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores