De noite,
Nu, me sentei.
Cruzei as pernas
E apontei a mira
A um organismo
Verde, fotossintético.
Que dançava milimetricamente
Em movimentos de sobe e desce
Ao som de uma música
Tocada pelo Vento.
Essa música era imperceptível por
Mim.
Só pequenos seres
Como aquele
É que poderiam
Sentir, despir,
E dançar ao som da mesma.
Gostava de ser
Um organismo tão pequeno
Que não pensasse e
Não existisse
Mas que sentisse
Apenas a melodia
Mais bonita.
Que nos abraça, acolhe
E me acalma.
Fechei os olhos
E fui abanado
Violentamente pelos
Pensamentos desordeiros
Que são arremessados
De uma ponta do meu cérebro
Para a outra.
Num jogo cíclico, pérfido
Comandado por forças
Que sempre
Cairão fora
Da minha mão.
O vento queria entrar
Mas não o deixavam.
Quis me embalar nele
Mas não interromperam
O jogo.
Fiquei tonto
Do cigarro que fumei?
Ou deste jogo
Repelido e repulsivo
Onde sou um jogador
Passivo?
Nu me senti,
De noite.
Seria bom se todos viéssemos munidos de um botão que pudéssemos desligar quando nos apetecesse, mesmo para evitar o jogo que jogamos passivamente, ao sabor das forças cruéis, que fazem de nós o que querem.
ResponderEliminarUma inveja dos organismos fotossintéticos percorre-me a alma. :|
abraço.
Percebeste-me! :)
ResponderEliminarNão sei o que se passa, mas cada vez mais ando fatalista nas minhas palavras... :S
abraço.
fico sem palavras depois de te ler.. sempre
ResponderEliminarfiquei a sorrir com as tuas palavras,obrigada.
ResponderEliminare sim...oh se são:)