Nascituro ao jantar.
À espera de não ter nascido.
Todos os presentes.
Flutuamos à espera
Que nos seja servido
O prato, com o último significado
O supremo.
Para que no fim tudo tenha
Um fim.
Pois bem.
Pois não.
Tudo isto dá voltas contorcidas
Sobre si mesmo.
Numa aleatoriedade constante
Completadas num
Ciclo, a que chamamos
Vida.
E assim se reciclam as gentes
Que tiram o sabor a isto.
Respira-se.
Paramos.
E a minha presença
Abraça o segredo
De que
Nenhum fim
Encerra outro.
Velho ao almoço.
Transtornado ao jantar
À espera da altiva senhora – Morte.
Gosto disto!
ResponderEliminarMuito agradecido jovem poeta!
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