Renasço.
É como enfiar
Um objecto incisivo
Com uma ponta acutilante
No céu do meu cérebro.
Com isso, circunscrevo
Círculos pesados
Que desfazem
A consciência
E refazem a minha imensidão
Seu acto, tendo reminiscências
Egípcias.
Escorre agora a impureza
Impregnada
No meu cheiro.
Guardo os resquícios
Numa caixa
A que chamo memória.
Arremesso longínquas
Lembranças dolorosamente passadas.
E no fim
Liberto-me.
Com isto arranco as farpas
Que se alojaram
Espicaçando pedaços
Da minha existência.
Encho agora o recipiente
Craniano com ignorância
E efemeridades etéreas
Onde a simplicidade feliz
Coabita.
Agora embalsamado
Pelo não saber
O que outrora soube
Sinto-me leve,
A subir as encostas da felicidade
Onde tudo ou nada
É importante.
fico sempre sem saber o que dizer pelo que escreves, afogamo-nos nas palavras, um, duas, e muitas vezes. não cansa.
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