Páginas

7 de setembro de 2012

Fumar mata


Escrevi-te um poema na lateral
De um cigarro sorvedouro.
À noite, a pensar no sorriso mortal
No chão, com palavras d’ouro.

Altiva, chegaste e fumaste
Sem sorver as minhas palavras
Ultrapassáveis, onde não te encantaste.

Lavraste, de mim, as tuas memórias.
Lavaste a sujidade que te cuspia
Onde te sentias porcamente luzidia
Ou talvez amada, nas minhas histórias.

Nunca mais te escrevi.
Morreste.

Nota: Não se preocupem que vou arranjar ilustrações para cada poema, para isto não cair no aborrecimento. Não tenho é tido disposição.


2 comentários:

  1. na verdade, depende. tenho uma personagem (hiro) que é totalmente imaginária e já escrevo historias sobre ele desde pequena, e por isso tudo à sua volta é criado por mim. De resto as personagens são reais e o que escrevo é praticamente veridico. pouco será o que não é veridico, mas descrevo sempre os momentos com o meu tom literário. não descrevo como se fosse um mero diário, por assim dizer. este texto, neste caso, é veridico e o momento foi real.

    ResponderEliminar
  2. és magnifico com as palavras e a tua poesia nunca falha em encantar-me.

    ResponderEliminar

Seguidores